sábado, 17 de novembro de 2007
MANUEL BANDEIRA (8)
O BEIJO
(Manuel Bandeira)
Quando a moça lhe estendeu a boca
(A idade da inocência tinha voltado,
Já não havia na árvore maçãs envenenadas),
Ele sentiu, pela primeira vez, que a vida era um dom fácil
De insuspeitáveis possibilidades.
Ai dele!
Tudo fora pura ilusão daquele beijo.
Tudo tornou a ser cativeiro, inquietação, perplexidade:
- No mundo só havia de verdadeiramente livre aquele beijo.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1979.
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2 comentários:
(...)a vida era um dom fácil
De insuspeitáveis possibilidades.
hoje o meu poema é de morte..
mas a morte contínua e cabalmente reservada.
sem angústia....:)
Ai os beijos!...Têm tanto que se lhe diga...
Beijocas grandes
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