segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
CHUANG TZU (8)
TRÊS PELA MANHÃ
(Chuang Tzu)
Toda vez que gastamos nossas mentes, apegando-nos teimosamente a uma visão parcial das coisas, recusando a concórdia mais profunda entre este ou aquele contrário que o complementa, temos o chamado “três pela manhã”.
O que vem a ser esse “três pela manhã” ?
Um domador de macacos dirigiu-se a eles e disse-lhes: “Quanto às suas castanhas, vocês terão três quantidades pela manhã, e quatro à tarde”.
Ouvindo isso, os macacos ficaram com raiva.
Então, o domador lhes disse: “Está bem, neste caso, eu lhes darei quatro pela manhã e três à tarde”.
Ouvindo isso, os macacos ficaram satisfeitos.
As duas sugestões eram equivalentes, pois o número de castanhas não se alterava.
Mas, em uma delas os macacos ficavam descontentes e, na outra, ficavam satisfeitos.
O domador teve vontade de modificar a sua sugestão pessoal, de modo a satisfazer às condições objetivas.
E nada perdeu com isso!
O verdadeiro sábio, considerando todos os lados da questão imparcialmente, vê-los todos à luz do Tao.
A isto se chama seguir dois cursos de uma só vez.
CHUANG TZU, considerado o maior escritor taoista de cuja existência se tem notícia, escreveu sua obra no final do período clássico da filosofia chinesa, de 550 a 250 aC.
MERTON, Thomas. A Via de Chuang Tzu. Petrópolis: Editora Vozes, 1974.
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2 comentários:
Simples, não é?
Só parece simples...
Uma questão de ponto de vista.
Beijo
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