quinta-feira, 18 de setembro de 2008
CRUZ E SOUSA (4)
ETERNO SONHO
(Cruz e Sousa)
Talvez alguém estes meus versos lendo
Não entenda que amor neles palpita,
Nem que saudade trágica, infinita
Por dentro deles sempre está vivendo.
Talvez que ela não fique percebendo
A paixão que me enleva e que me agita,
Como de uma alma dolorosa, aflita
Que um sentimento vai desfalecendo.
E talvez que ela ao ler-me, com piedade,
Diga, a sorrir, num pouco de amizade,
Boa, gentil e carinhosa e franca:
– Ah! Bem conheço o teu afeto triste...
E se em minha alma o mesmo não existe,
É que tens essa cor e é que eu sou branca!
Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000089.pdf
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_e_Sousa
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2 comentários:
me admira a força do texto
do Crus e Souza,
Um Grande Abraço!
Denise
desculpe o trocadilho, mas ninguém gostaria de estar na pele do Cruz e Souza.
o cara foi genial, mas o preço disso deve ter sido muito alto para ele.
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