Pensamentos
(Blaise Pascal)
205 – Quando penso na pequena duração da minha vida, absorvida na eternidade anterior e na eternidade posterior, no pequeno espaço que ocupo, e mesmo que vejo, fundido na imensidade dos espaços que ignoro e que me ignoram, aterro-me e assombro-me de ver-me aqui e não alhures, pois não há razão alguma para que esteja aqui e não alhures, agora e não em outro momento qualquer.
Quem me colocou nestas condições?
Por ordem e obra de quem me foram designados este lugar e este momento?
206 – O silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora.
207 – Quantos reinos nos ignoram!
PASCAL, Blaise. Pensamentos. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal
domingo, 30 de setembro de 2007
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4 comentários:
Assusta...é verdade...
Este quase nada que somos...com o tempo a esfarelar-se entre os dedos, sem porques para os nossos porquês...
Acho que nós mesmos nos colocamos onde estamos e onde estaremos, né não?
Beijo
Boa reflexão. São questões que coloco a mim mesma muitas vezes.
Gostei.
Ah, James, não tenha dúvida que estamos exatamente onde deveríamos estar. Nem mais para lá, nem mais para cá. rs
beijo grande!
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