quinta-feira, 3 de abril de 2008

MAX NORDAU



Max Nordau
Em
Harmonia Final






“É muito sensata a idéia que os hindus têm da felicidade, que eles representam sob a forma do Nirvana.

O Nirvana é o repouso absoluto; é a deliciosa tranqüilidade do espírito, que se origina quando ele deixa de ter desejos ou aspirações, quando não percebe mais fora de si próprio um só ponto que o atraia e o repila.

É estado de felicidade que o homem civilizado não pode mesmo figurá-lo a si próprio, ele que está perpetuamente em luta com um turbilhão de idéias.

Tal estado só pode ser alcançado de duas maneiras: pela ignorância absoluta, quando faltam ainda ao espírito órgãos necessários para perceber os pontos de atração e de repulsão que existem fora dele, ou pela noção absoluta, quando o espírito está tão amplo e tão altamente desenvolvido que compreenda em si tudo o que é, de sorte que fora dele não exista absolutamente mais nada que possa incitá-lo a um movimento, despertar-lhe um desejo, uma inspiração, um cuidado.

Este último estado é evidentemente para o homem ideal inacessível; ele nunca poderá chegar a possuir toda a verdade, a conciliar os fenômenos complexos com as suas leis simples e a ser um sábio absoluto aos olhos do qual a diversidade dos fenômenos universais confirma-se como racional e necessária".





NORDAU, Max. As Mentiras Convencionais da Nossa Civilização. Tradução e revisão: Joaquim de Araújo. 3a.Ed. São Paulo: Edições e Publicações Brasil Editora, 1960.

Sobre o autor:
http://en.wikipedia.org/wiki/Max_Nordau

Um comentário:

Anna Flávia disse...

acho que um beijo não adiantaria, ahaha, mas pelos deuses, a dor passou. :)