terça-feira, 8 de julho de 2008

JUNG (2)



C. G. Jung
Em
Memórias, Sonhos, Reflexões.






“A vida sempre se me afigurou uma planta que extrai sua vitalidade do rizoma; a vida propriamente dita não é visível, pois jaz no rizoma.
O que se torna visível sobre a terra dura um só verão, depois fenece...
Aparição efêmera.
Quando se pensa no futuro e no desaparecimento infinito da vida e das culturas, não podemos nos furtar a uma impressão de total futilidade; mas nunca perdi o sentimento da perenidade da vida sob a eterna mudança.
O que vemos é a floração – e ela desaparece.
Mas o rizoma persiste”.


“A lembrança dos fatos exteriores de minha vida, em sua maior parte, esfumou-se em meu espírito ou então desapareceu.
Mas os encontros com a outra realidade, o embate com o inconsciente, se impregnaram de maneira indelével em minha memória”.


“Em última análise, só me parecem dignos de ser narrados os acontecimentos da minha vida através dos quais o mundo eterno irrompeu no mundo efêmero”.






JUNG, C. G. Memórias, Sonhos, Reflexões. Compilação e Prefácio de Aniela Jaffé. Tradução de Dora Ferreira da Silva. 12ª. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Gustav_Jung

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