quarta-feira, 16 de julho de 2008

MIKHAIL BAKUNIN (3)



Mikhail Bakunin
Em
A ilusão do sufrágio universal







“Toda decepção com o sistema representativo está na ilusão de que um governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular devem e podem representar a verdadeira vontade do povo.

Instintiva e inevitavelmente, o povo espera duas coisas: a maior prosperidade possível combinada com a maior liberdade de movimento e ação.

Isto significa a melhor organização dos interesses econômicos populares, e a completa ausência de qualquer organização política ou de poder, já que toda organização política se destina à negação da liberdade.

Estes são os desejos básicos do povo.

Os instintos dos governantes, sejam legisladores ou executores das leis, são diametralmente opostos por estarem numa posição excepcional.

Por mais democráticos que sejam seus sentimentos e suas intenções, atingida uma certa elevação de posto, vêem a sociedade da mesma forma que um professor vê seus alunos, e entre professor e os alunos não há igualdade”.




“Quem fala de poder político, fala de dominação.

Quando existe dominação, uma grande parcela da sociedade é dominada e os que são dominados geralmente detestam os que dominam, enquanto estes não têm escolha, a não ser subjugar e oprimir aqueles que dominam”.



“Isto é, o que também explica como e porque os democratas mais radicais, os rebeldes mais violentos, se tornam os conservadores mais cautelosos assim que obtêm o poder.
Tais retratações são geralmente consideradas atos de traição, mas isto é um erro.
A causa principal é apenas a mudança de perspectiva”.






BAKUNIN, Mikhail. A Ilusão do Sufrágio Universal. Sem indicação de tradutor. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000067.pdf

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Aleksandrovitch_Bakunin

Um comentário:

Anônimo disse...

Gosto dos seus RABISCOS NO BLOCO, volto a dizer!
Poder político, é dominação. Não reta dúvida!

Forte abraço

PS- Obrigado pelo comentário a que se refiriu ao cabeçalho. Faze-lo, para mim foi uma honra!