quarta-feira, 23 de julho de 2008

THOMAS MERTON



Thomas Merton
Em
Homem Algum É Uma Ilha







“A verdade, que eu amo ao amar meu irmão, não pode ser uma coisa meramente abstrata e filosófica.
Deve ser, ao mesmo tempo, sobrenatural e concreta, prática e sensível.
Não entendo estes termos em sentido metafórico.
A verdade que devo amar em meu irmão é Deus mesmo, vivo nele.
Devo buscar a vida do Espírito de Deus que nele respira.
E só posso discernir e seguir esta vida misteriosa, graças à ação do mesmo espírito santo, vivo e atuando nas profundezas do meu coração”.


“O meu livre arbítrio, ao coordenar livremente a sua ação com a vontade dos outros, consolida e aperfeiçoa a sua própria autonomia.
Algo há na própria natureza da minha liberdade, que me inclina a amar, a fazer o bem, a dedicar-me a outrem.
Tenho um instinto que me diz que sou menos livre quando estou vivendo para mim só.
A razão é que eu não posso ser de todo independente.
Desde que não me basto a mim mesmo, dependo de algum outro para minha plenitude.
A minha liberdade não é completamente livre quando entregue a si mesma.
Ela só se torna tal, quando posta em justa relação com a liberdade de outro”.






MERTON, Thomas. Homem Algum É Uma Ilha. Tradução de Timóteo Amoroso Anastácio O. S. B. 2ª.Ed. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1958.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Merton

Ver também:
http://www.reflexoes-merton.blogspot.com/

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