quarta-feira, 1 de outubro de 2008

JOHN STUART MILL



John Stuart Mill
Em
A Sujeição das Mulheres






“Tudo o que a educação e a civilização estão fazendo para abolir as influências sobre o caráter da lei do poder e substituí-las pelo caráter da justiça, permanece simplesmente superficial, uma vez que a fortaleza do inimigo não é atacada.

O princípio do movimento moderno na moral e na política é que a conduta, e somente a conduta, dá direito ao respeito; ou seja, não é o que os homens são, mas o que eles fazem que constitui sua reivindicação por respeito, e, que acima de tudo, o mérito, e não o nascimento é a única reivindicação legítima de poder e autoridade.

Se nenhuma autoridade, nem em seu estado temporário, fosse exercida por um ser humano sobre o outro, a sociedade não estaria ocupada em estabelecer tendências de um lado, tendo que reprimi-las de outro.

A criança realmente seria, pela primeira vez na existência do homem na terra, educada da maneira como ela deveria agir durante sua vida, e quando ela ficasse mais velha, haveria uma chance de não se afastar desta educação.

Mas, enquanto o direito do mais forte em exercer seu poder sobre os mais fracos dominar o coração da sociedade, a tentativa de tornar o direito de igualdade dos mais fracos no princípio de ações visíveis será sempre uma árdua batalha, pois a lei da justiça, que também é a lei do Cristianismo, nunca terá a posse dos sentimentos íntimos dos homens; eles estarão trabalhando contra esta lei, mesmo quando forem submetidos a ela”.







MILL, John Stuart. A Sujeição das Mulheres. Tradução de Débora Ginza. São Paulo: Escala, 2006.

Sobre o autor:
http://en.wikipedia.org/wiki/John_Stuart_Mill

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