segunda-feira, 17 de novembro de 2008
ÓSCAR RIBAS
Óscar Ribas
Em
Ilundu. Espíritos e Ritos Angolanos.
“A ciência de quimbanda, ou seja, a umbanda, transmite-se em sonho quando houve um parente que professou esse ministério.
O predestinado sonha com o mato – o grande reservatório medicinal – e então vê as plantas curativas, os lugares para determinadas funções, as encruzilhadas imprescindíveis a certos ritos.
E com essa umbanda, designada de mufji, isto é, de família, o indivíduo torna-se quimbanda.
E bom.
Quando trabalha, tudo lhe ocorre sobrenaturalmente.
Segredos que egoisticamente os mestres ocultam aos aprendizes, tudo, neste caso, lhe é revelado.
- Não esgotes as conversas no coração. – Diz uma sentença popular.
Os guias tutelares também se manifestam em sonho.
A visão e o efeito não diferem da revelação anterior.
A umbanda assim alcançada chama-se de miondona, ou, portuguesmente, de guias tutelares.
A doação por possessão dá-se por morte de um quimbanda.
Mal acaba de falecer, ou mesmo um breve tempo depois, a sua alma actua sobre quem mais lhe agradou em vida – parente ou não.
Toda a sabedoria e corte de espíritos são-lhe legados inteiramente”.
RIBAS, Óscar Bento. Ilundu. Espíritos e Ritos Angolanos. União dos Escritores Angolanos, 1989.
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Bento_Ribas
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