terça-feira, 25 de novembro de 2008

THOMAS PAINE



Thomas Paine
Em
Senso Comum.






“Alguns escritores de tal modo confundiram sociedade e governo que entre os dois deixaram pouca ou nenhuma distinção, apesar de, além de diferentes, possuírem origens diversas.

A sociedade é produzida pelas nossas necessidades, e o governo pela nossa maldade; a primeira promove positivamente a nossa ventura, unindo os nossos afetos, enquanto o segundo o faz negativamente refreando os nossos vícios.

A primeira encoraja o intercâmbio, o segundo cria distinções.

A primeira é uma patrocinadora, o segundo um punidor”.





“A sociedade em qualquer estado é uma benção, enquanto o governo, mesmo no seu melhor estado, não passa de mal necessário, sendo, no pior estado, um mal intolerável.

Porque, quando sofremos ou ficamos expostos, por um governo, às mesmas misérias que poderíamos esperar em um país sem governo, a nossa calamidade aumenta pela reflexão de que nós é que fornecemos os meios pelos quais sofremos.

O governo, como a vestimenta, é o emblema da inocência perdida; os palácios dos reis erguem-se sobre as ruínas das choupanas do paraíso”.






PAINE, Thomas. “Senso Comum”. Tradução de A. Della Nina. In. CIVITA, V. (Editor). Federalistas. Textos selecionados por Francisco C. Weffort. 1ª. Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Os Pensadores)

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Paine

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