quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

EPICTETO (9)



Epicteto
Em
Máximas.





1.

“A escravidão do corpo é obra da sorte.
A da alma é obra do vício.
Quem desfruta da liberdade do corpo é escravo, se tem agrilhoada a alma; quem tem a alma livre desfruta de inteira liberdade, embora carregado de pesados grilhões.
A natureza, com a morte, põe cobro à escravidão do corpo, mas a da alma só cessa com a virtude”.



3.

“Envergonhar-te-ia, sem dúvida, a vil entrega do teu corpo ao primeiro transeunte e, no entanto, sem corar, abandonas a alma ao primeiro que se te depara”.



12.

“Quando pretendemos embarcar, desejamos um bom vento para seguirmos o nosso caminho; esperando o dia da partida, vamos com freqüência verificar que vento sopra, e, se nos é contrário, exclamamos: sempre vento norte! Quando soprará o vento do poente?
Meu amigo, soprará quando lhe aprouver, ou melhor, quando aprouver a Quem manda em todas as coisas.
Serás, por acaso, dispensador dos ventos, como Éolo?
Façamos sempre o que de nós depende, e valhamo-nos do resto, tal qual se nos apresenta e sucede”.





Epicteto: filósofo da escola dos estóicos, vivendo entre a Grécia e Roma nos meados do primeiro século da era cristã. Foi escravo, em Roma, na época de Nero.

EPICTETO. Máximas. Tradução de Alberto Denis. São Paulo: Ed. E Pub. Brasil Editora, 1960.

Um comentário:

Anna Flávia disse...

'Façamos sempre o que de nós depende'

Beijo!
E boa sexta!