sábado, 10 de janeiro de 2009
MATIAS AIRES (4)
Matias Aires
Em
Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens.
102.
“Não somos firmes no amor, porque em nada podemos ser constantes: continuamente nos vai mudando o tempo; uma hora demais é mais em nós uma mudança.
A cada passo que damos no discurso da vida, imos nascendo de novo, porque a cada passo imos deixando o que fomos, e começamos a ser outros; cada dia nascemos, porque em cada dia mudamos, e quanto mais nascemos desta sorte, tanto mais nos fica perto o fim, que nos espera.
A inconstância que é um ato da alma, ou da vontade, não se faz sem movimento; a natureza não se conserva, e dura, senão porque se muda, e move.
O mundo teve o seu princípio no primeiro impulso, que lhe deu o supremo Artífice; a mesma luz, que é uma bela imagem da Onipotência, toda se compõe de uma matéria trêmula, inconstante e vária.
Tudo vive enfim do movimento; a falta de mudança é o mesmo que falta de vida, e de existência, assim a firmeza é como um atributo essencial da morte”.
AIRES, Matias. Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens. Introdução de Alceu Amoroso Lima. Ilustrações de Santa Rosa. São Paulo: Livraria Martins Editora S. A., 1955.
Texto Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002989.pdf
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matias_Aires
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3 comentários:
James,
Matias Aires era para mim apenas uma rua. Gostei de tê-lo conhecido.
Grande abraço
James
Vim retribuir a visita e gostei demais do teu espaço. Realmente muito especial.
Obrigada
Nydia
...eu não conhecia de todo...já lá diz o ditado: "Parar é morrer!"
(Adorei o novo "look" do pensador :D:D)
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