terça-feira, 27 de janeiro de 2009

KANT (2)



Immanuel Kant
Em
Fundamentação da Metafísica dos Costumes.







“Assegurar a própria felicidade é um dever (ao menos, indireto), porque o não estar satisfeito com o seu estado, o viver oprimido por inumeráveis preocupações e no meio de necessidades não preenchidas pode muito facilmente converter-se em grande tentação de infringir seus deveres.

Mas, uma vez mais, independentemente do dever, todos os homens possuem dentro em si uma inclinação muito forte e muito profunda para a felicidade, pois que justamente nesta idéia de felicidade se unem todas as suas tendências.

Simplesmente o preceito, que nos manda buscar a felicidade, apresenta muitas vezes caráter tal que prejudica algumas de nossas inclinações de sorte que não é possível ao homem formar idéia nítida e bem definida do complexo de satisfação de seus desejos, a que dá o nome de felicidade.

Não há pois motivo para ficar surpreendido de que uma só inclinação, determinada quanto ao prazer que promete e quanto à época em que poderá ser satisfeita, seja capaz de sobrepujar uma idéia vaga”.






KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução, introdução e notas de Antônio Pinto de Carvalho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant

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