quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

HELVÉTIUS (2)



HELVÉTIUS
Em
Do Espírito







“Ora, se os homens superiores, inteiramente absorvidos em seu gênero de estudo, não podem possuir estima sentida por um gênero de espírito demasiado diferente do seu, todo autor, que fornece ao público idéias novas, só pode então, esperar estima de duas espécies de homens: ou de jovens, que, não tendo adotado opiniões, possuem ainda o desejo e o lazer de se instruir, ou daqueles cujo espírito, amigo da verdade e análogo ao do autor, suspeita já da existência de idéias que lhe são apresentadas.

Este número de homens é sempre menor, eis o que atrasa os progressos do espírito humano e a causa de cada verdade ser sempre tão lenta para se desvendar aos olhos de todos”.





“As paixões são na moral o que o movimento é na física: cria, destrói, conserva, anima tudo; sem ele só há morte. São elas também que vivificam o mundo moral.

É a avareza que guia os navios através dos desertos dos mares; o orgulho que preenche os vales, aplaina as montanhas, abre estradas através de rochedos, eleva as pirâmides de Mênfis, cava o lago de Moeris e funda o colosso de Rodes.

O amor apontou, diz-se, o lápis do primeiro desenhista.

Num país em que a revelação ainda não havia penetrado, foi ainda o amor que, para afogar a dor de uma viúva desolada pela morte de seu jovem esposo, mostrou-lhe o sistema da imortalidade da alma”.











HELVÉTIUS, Claude-Adrien. Do Espírito. Tradução de Scarllet Z. Marton. In. CIVITA, Victor (editor) Textos Escolhidos: Condillac/ Helvetius/ Degerando. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Os pensadores)

Sobre o autor:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Claude_Adrien_Helv%C3%A9tius

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