sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

OMAR KHÁYYÁM (4)

OMAR KHÁYYÁM
Em
Rubáyát.



66

Estou velho,
e a paixão que
me inspiraste arrastar-me-á
ao túmulo, pois não cesso
de encher de vinho
a grande taça.

Minha paixão por ti tem
razão contra mim mesmo...

E o tempo desfolha
a minha bela rosa...


117

O vinho
proporciona aos
sábios uma embriaguez
semelhante à dos Eleitos;
dá-nos a mocidade,
restitui-nos o que perdêramos,
põe ao nosso alcance tudo
quanto desejamos.

O vinho queima como uma
torrente de fogo, mas,
às vezes, tem sobre nossas
mágoas o efeito da água
pura e fresca.





KHÁYYÁM, Omar. Rubáiyát. Versão portuguesa de Otávio Tarquínio de Souza. 14a.ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969.

Sobre o autor:
http://en.wikipedia.org/wiki/Omar_Khayy%C3%A1m

Um comentário:

Anna Flávia disse...

o vinho é milagroso mesmo! =)

beijo.