A MONTANHA DOS MACACOS
(Chuang Tzu)
“O Príncipe de Wu foi de barco à Montanha dos Macacos.
Logo que os macacos o viram, fugiram em pânico, e esconderam-se nos topos das árvores.
Um macaco, porém, estava inteiramente despreocupado, pulando de galho em galho – uma extraordinária demonstração!
O Príncipe atirou uma flecha no macaco, mas este, como um malabarista, pegou a flecha no ar. Com isso, o Príncipe ordenou a seus companheiros que atacassem em conjunto.
Num instante o macaco foi atingido por várias flechadas e caiu morto.
Em seguida, voltou-se o Rei para o seu companheiro Yen Pu’i:
“Viu o que aconteceu?”, disse-lhe.
“Este animal exibiu a sua esperteza.
Confiou em sua própria habilidade.
Pensava que ninguém fosse pegá-lo.
Lembre-se disto!
Não confie no valor nem no talento, quando lidar com os homens. ”
Quando retornaram a casa, Yen Pu’i tornou-se discípulo de um sábio, para libertar-se de tudo que o fizesse se destacar.
Renunciou a todos os prazeres.
Aprendeu a esconder toda a “diferença”.
Em breve ninguém no Reino sabia o que pensar dele.
E assim, passaram a reverenciá-lo com temor".
CHUANG TZU, considerado o maior escritor taoista de cuja existência se tem notícia, escreveu sua obra no final do período clássico da filosofia chinesa, de 550 a 250 AC.
MERTON, Thomas. A Via de Chuang Tzu. Petrópolis: Editora Vozes, 1974.
Esta postagem faz parte do "Tertúlias Virtuais", proposta do Varal de Idéias e do Expresso da Linha, que ocorria todo dia 15 de cada mês.
Mais participantes do Tertúlia Virtual, aqui
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8 comentários:
James.
Muito interessante este texto.
Muitas vezes, nós temos que agir como o macaco, ser diferentes e agis.
Do contrário seremos atacados pela flexa. a Não ser que saibamos ser realmente bons malabartistas.
Com carinho
Sandra
Verdade que as pessoas que não se mostram inspiram temor...não expõem seus pontos fracos e os outros os julgam muito fortes...serão respeitados, mas sera que serão amados?
Parabéns pelo texto, muito interessante!
Abraços.
O texto é muito inteteressante, nos faz refletir!
Um beijo e obrigada por sua visita, afinal, foi mesmo por ela, a Tertúlia que nos encontramos e ficamos... Meu carinho, CON
O macaco é o melhor amigo do Homem. Porque foi dele que nós nascemos...
Nao tem nada a ver
Gostei do post. Parabens
Esse foi o autor da Arte da guerra, não é? Li umas páginas e ainda não entendo, mas gostei de vc citá-lo!
Vejamos se entendi agora...É perigosos sermos muuuuito auto confiantes, pois esquecemos de prestar atenção ao redor e terminamos sendo pegos! Ego inflado é um risco!
Bjão! E obrigada pela visita!
James,
tardei chegar! Ontem foi uma loucura! Só hoje estou podendo visitar um por um dos blogs participantes! Agradeço a sua postagem, sempre aberta a REFLEXÕES!
Forte abraço
lindo... um texto muito bonito que nos leva a refletir sobre como estamos levando nossas vidas... parabéns!!!
pena que esta seja a última tertulia, mas com ela fica a amizade e o carinho que ela nos proporcionou a todos nós!!! aguardamos novos projetos destes amigos incriveis...
bjocas
ps: tbm participo.
Olá amigo. Um conto interessante e uma boa forma de dizer adeus, esperemos que seja um adeus com alguma brevidade, pois as tertúlias eram ocasiões para excelentes conhecimento mútuo. Tudo de bom amigo.
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