sexta-feira, 14 de maio de 2010
MARIA ZAMBRANO
Maria Zambrano
Em
Poesia e metafísica.
“No fundo desta época moderna parece residir uma única palavra, um único anseio: querer ser.
O homem quer ser, antes de tudo o mais.
Cego, antes de esforçar-se para abrir os olhos, quer, quer cegamente.
E quando olha é para ser.
Por isso não quer ver senão o absoluto.
À sua ânsia de absoluto nenhuma outra coisa pode ser dada senão o absoluto também.
Mas, na realidade, não foi buscá-lo, porque o absoluto respira já dentro dele.
Não se sente, na verdade, incompleto, o homem deste momento; não se sente necessário nem carente de sair em busca de nada.
E, contudo, debaixo do seu “absoluto” está – mares de nada –, cega indiferente, a angústia.
E, sobre a angústia, os altos muros do sistema.
A angústia que parece ser a raiz originária da Metafísica moderna, em geral; isto é, da Metafísica”.
ZAMBRANO, Maria. Poesia e metafísica. Tradução de José Bento. Disponível em:
http://www.lusosofia.net/textos/zambrano_maria_poesia_e_metafisica.pdf
Sobre Maria Zambrano clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%ADa_Zambrano
e
http://www.leme.pt/biografias/80mulheres/zambrano.html
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