Matias Aires
Em
Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens.
“Com os anos não diminui em nós a vaidade, e se muda, é só de espécie.
A cada passo, que damos no discurso da vida, se nos oferece um teatro novo, composto de representações diversas, as quais sucessivamente vão sendo objetos da nossa atenção, e da nossa vaidade.
Assim como nos lugares, há também horizontes na idade, e continuamente imos deixando uns, e entrando em outros, e em todos eles a mesma vaidade, que nos cega, nos guia.
Nem sempre fomos suscetíveis das mesmas impressões; nem sempre somos sensíveis ao mesmo sentimento; sempre fomos vaidosos, mas nem sempre domina em nós o mesmo gênero de vaidade”.
“Que coisa é a ciência humana, senão uma humana vaidade?
Quem nos dera que assim como há arte para saber, a houvesse também para ignorar; e que assim como há estudo, que nos ensina a lembrar, o houvesse também, que nos ensinasse a esquecer”.
AIRES, Matias. Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens. Introdução de Alceu Amoroso Lima. Ilustrações de Santa Rosa. São Paulo: Livraria Martins Editora S. A., 1955.
Texto Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002989.pdf
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