sexta-feira, 21 de maio de 2010
PIERRE LECOMTE DE NOÜY (3)
Pierre Lecomte du Noüy
Em
A Dignidade Humana.
“O drama mais freqüente ao homem médio é o de ele não saber o que quer.
Quando um homem consegue saber exatamente o que quer, a sua vontade de execução torna-se irresistível.
É a hesitação, o cálculo mental do interesse, a negociação de si mesmo, a comparação raciocinada do pró e do contra, que enfraquecem a vontade até o ponto de a aniquilarem.
Todo o ser capaz de só considerar um ato ao mesmo tempo é forte: o homem primário, sem instrução, sem imaginação é forte.
No outro extremo, o homem culto, imaginativo, sensível, é, muitas vezes, fraco, por ser paralisado pela representação de todas as conseqüências, próximas e remotas, de cada um dos seus atos.
O seu “bom senso” recomenda-lhe inevitavelmente as soluções descoloridas, os compromissos, as abdicações, importa que a necessidade de um ato atire para a sombra todas as outras possibilidades para que esse ato se imponha.
Enquanto tergiversa consigo, o homem é dominado por vago mas lancinante desejo de escolher solução neutra, fácil, que não exija esforça e nada altere.
Crê decidir, quando apenas obedece”.
Lecomte de Noüy, P. A Dignidade Humana. Tradução de Cruz Malpique. 3ª. Ed. Porto: Editora Educação Nacional, 1955.
Sobre Pierre Lecomte du Noüy clique
http://en.wikipedia.org/wiki/Pierre_Lecomte_du_No%C3%BCy
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