quarta-feira, 7 de julho de 2010
FRANCIS BACON (5)
Francis Bacon
Em
A Sabedoria dos Antigos.
“Contam os poetas que Júpiter, à cata de amores, assumia inúmeras formas diferentes: boi, águia, cisne, chuva de ouro.
No entanto, quando cortejou Juno, transformou-se na figura mais ignóbil possível, objeto de desdém e ridículo, a de um mísero cuco saído da tempestade, espantado, trêmulo e semimorto.
Eis aí uma fábula perspicaz, derivada das profundezas da ciência moral.
O significado é que os homens não devem cuidar que a ostentação de virtudes e méritos lhes acarretará a estima e o favor de todos, pois isso depende da natureza e caráter daqueles a quem se dirigem.
Sendo estes pessoas desapercebidas e sem ornato próprio, dotadas apenas de orgulho e disposição maliciosa (tipo simbolizado por Juno), devem reconhecer que o melhor será despojar-se de tudo quanto alardeie honra ou dignidade, já que seria loucura proceder de outro modo.
Não lhes basta descer à vilania e à bajulação, é preciso passarem exteriormente por abjetos e degenerados”.
BACON, Francis. A Sabedoria dos Antigos. Tradução de Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Editora UNESP, 2002. Disponível em:
http://blogdocafil.files.wordpress.com/2009/04/bacon-francis-a-sabedoria-dos-antigos.pdf
Sobre Francis Bacon clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francis_Bacon_(fil%C3%B3sofo)
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