terça-feira, 16 de novembro de 2010
BACHELARD (7)
Gaston Bachelard
Em
A formação do espírito científico.
“O conhecimento do real é luz que sempre projeta algumas sombras.
Nunca é imediato e pleno.
As revelações do real são recorrentes.
O real nunca é “o que se poderia achar” mas é sempre o que se deveria ter pensado.
O pensamento empírico torna-se claro depois, quando o conjunto de argumentos fica estabelecido.
Ao retomar um passado cheio de erros, encontra-se a verdade num autêntico arrependimento intelectual”.
“A opinião pensa mal; não pensa: traduz necessidades em conhecimentos.
Ao designar os objetos pela utilidade, ela se impede de conhecê-los.
Não se pode basear nada na opinião: antes de tudo, é preciso destruí-la”.
“Acho surpreendente que os professores de ciências, mais do que os outros se possível fosse, não compreendam que alguém não compreenda.
Poucos são os que se detiveram na psicologia do erro, da ignorância e da irreflexão”.
“Parece que nenhuma experiência nova, nenhuma crítica pode dissolver certas afirmações primeiras.
No máximo, as experiências primeiras podem ser retificadas e explicadas por novas experiências.
Como se a observação primeira pudesse fornecer algo além de uma oportunidade de pesquisa”.
“Se conseguíssemos tomar – a respeito de qualquer conhecimento objetivo – a justa medida do empirismo, por um lado, e do racionalismo, por outro lado, ficaríamos admirados com a imobilização do conhecimento produzido por uma adesão imediata a observações particulares”.
“Há de fato um perigoso prazer intelectual na generalização apressada e fácil.
A psicanálise do conhecimento objetivo deve examinar com cuidado todas as seduções da facilidade”.
BACHELARD, Gastón. A formação do espírito científico. Tradução de Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. Disponível em: http://www.visionvox.com.br/biblioteca/b/BACHELARD,-Gaston.-A-Formação-do-espírito-científico.txt
Sobre Bachelard clique
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaston_Bachelard
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