quarta-feira, 10 de novembro de 2010

RAINER MARIA RILKE (4)



Rainer Maria Rilke
Em
Cartas a um jovem poeta.








“As coisas não são todas tão apreensíveis e dizíveis como muitas vezes se gostaria de nos fazer crer, a maior parte dos eventos são indizíveis, perfazem-se num espaço que nunca foi tocado por uma palavra, e mais indizíveis do que tudo são as obras de arte, existências secretas cuja vida perdura enquanto a nossa passa”.





“O amor de ser humano a ser humano: isso é talvez o mais difícil que nos é destinado, o extremo, a última prova e verificação, o trabalho para que todos os outros trabalhos não passam de preparatórios”.





“Só são perigosas e más aquelas tristezas que andam conosco, no meio da gente, para falarem mais alto, como doenças tratadas de modo superficial e disparatado, que recuam e, depois de um pequeno intervalo, têm uma recaída mais temível, e acumulam-se no íntimo e são vida, são a vida não vivida, desprezada, perdida, de que se pode morrer”.





“Se o seu dia-a-dia lhe parece pobre, não o lamente; lamente-se a si, diga para consigo que não é suficientemente poeta para convocar as suas riquezas; pois para o criador não existe escassez nem lugar pobre ou indiferente”.





“As obras de arte são de uma solidão infinita e nada pode atingi-las menos do que a crítica”.








RILKE, Rainer Maria. Cartas a um jovem poeta. Tradução, prefácio e notas: Vasco Graça Moura. Porto: ASA Editores, 2002. Disponível em: http://www.visionvox.com.br/biblioteca/c.htm

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