segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ROBERT JASTROW



Robert Jastrow
Em
A arquitetura do universo.






“Nunca ninguém apanhou um elétron com uma pinça e disse: “Aqui está um.”
As provas da sua existência são todas indiretas, durante os 150 anos decorridos desde a segunda metade do século dezoito até ao começo do século vinte, foi levada a cabo uma grande variedade de experiências sobre a passagem da corrente elétrica através de líquidos e gases.
A existência do elétron não ficou conclusivamente provada por nenhuma destas experiências.
Contudo, a maior parte destas podia ser mais facilmente explicada se o físico pressupusesse que a eletricidade era transportada por uma corrente de pequenas partículas, cada uma das quais carregando a sua própria carga elétrica.
Gradualmente os físicos pressentiram, chegando quase a convicção, que o elétron existe realmente”.





“Se a maior parte do átomo é espaço vazio, por que será que o tampo da mesa oferece resistência quando fazemos pressão sobre ela com o dedo?
A razão é que a superfície da mesa é constituída por uma barreira de elétrons, elétrons esses pertencentes à camada mais exterior de átomos no tampo da mesa; a superfície do nosso dedo é também constituída por uma barreira de elétrons; ao seu contato, forças potentes de repulsão elétrica impedem os elétrons na ponta do nosso dedo de penetrar através dos elétrons exteriores no tampo da mesa e de atingir o espaço vazio existente dentro de todos os átomos”.





“Quando a estrela tem um tamanho normal – com um diâmetro da ordem do milhão de quilômetros – a força de gravidade na sua superfície não é suficientemente potente, para impedir os raios de luz de se libertarem, e eles abandonam a estrela, embora com um pouco menos de energia,
Mas, à medida que a estrela se contrai, a força de gravidade aumenta rapidamente e, quando o diâmetro da estrela já diminuiu para 6 quilômetros, a gravidade à sua superfície é milhares de milhões de vezes mais forte do que a força de gravidade à superfície do Sol.
A potência desta força enorme impede os raios de luz de abandonarem a superfície da estrela: tal como uma bola lançada para o ar, eles são atraídos no sentido contrário e não podem libertar-se para o Espaço.
A partir deste momento a estrela é invisível.
É um buraco negro no espaço.

No interior do buraco negro, a contração prossegue, acumulando matéria no centro, numa aglomeração pequeníssima mas incrivelmente densa.
De acordo com o conhecimento geral da Física teórica, isto é o fim da vida da estrela.
O volume da estrela vai-se tornando cada vez mais pequeno; de uma esfera com 3 quilômetros de raio, ela contrai-se para o tamanho de uma cabeça de alfinete, depois para o tamanho de um micróbio e, continuando sempre a contrair-se, passa para o domínio das distâncias menores do que o que já alguma vez foi dado ao Homem examinar.
Por outro lado, a massa de mil bilhões de bilhões de toneladas de uma estrela permanece sempre acumulada no volume contraído.
Mas a intuição diz-nos que tal objeto não pode existir”.







JASTROW, Robert. A arquitetura do universo. Tradução de Verônica Ferreira e Margarida Cabrita. Lisboa: edições 70, s/data. Disponível em: http://www.visionvox.com.br/biblioteca/a.htm

Sobre Robert Jastrow clique
http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Jastrow

Nenhum comentário: