sexta-feira, 17 de outubro de 2008

LA ROCHEFOUCAULD (9)



LA ROCHEFOUCAULD




Máxima 14

“Os homens não estão sujeitos somente a perder a lembrança dos benefícios e das injúrias; eles odeiam mesmo aqueles que os obsequiam e deixam de odiar os que os ultrajaram.
O empenho em recompensar o bem e em vingar-se do mal lhes parece uma servidão, à qual recusam se sujeitar”.


Máxima 34

“Se não tivéssemos nenhum orgulho, não nos queixaríamos do dos outros”.


Máxima 42

“Não temos força suficiente para seguir inteiramente nossa razão”.


Máxima 45

“Os caprichos de nosso temperamento são ainda mais extravagantes que os da sorte”.


Máxima 57

“Por mais que os homens se orgulhem de suas grandes ações, estas não são, freqüentemente, os resultados dum desejo ardente, mas efeitos do acaso”.


Máxima 59

“Não existem acidentes, por mais infelizes, dos quais os astutos não extraiam alguma vantagem, nem acidentes, por mais venturosos, que os imprudentes não consigam faze-los voltar-se contra si mesmo”.







François de La Rochefoucauld foi um nobre que escreveu apenas dois livros. Um de memórias e outro de máximas. Filho do duque de Poitou, suas máximas foram publicadas pela primeira vez em 1664, anônimas. Retrabalhadas reapareceriam em 1678. La Rochefoucauld faleceu em 1688.


LA ROCHEFOUCAUD, François VI de. Reflexões e Máximas Morais. Tradução de Alcântara Silveira. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969.

Um comentário:

Carol Rocha disse...

Aprendendo a ser astuta. rs