segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

JEAN CRUET



Jean Cruet
Em
A Vida do Direito e A Inutilidade das Leis.




“Os textos legislativos fornecem ao espírito fórmulas geralmente claras e precisas, cuja rigidez, impondo-se ao respeito do jurista, deve necessariamente deformar para ele o aspecto verdadeiro das coisas: não ousando sair fora dos textos, para compreender o mundo social em toda a sua extensão, em toda a sua complexidade e em todo o seu movimento, acontece-lhe procurar a origem única do direito, não na sociedade organizando-se por si própria, mas na engrenagem do Estado, especialmente investida, com um monopólio teoricamente exclusivo, da alta missão de estabelecer regras oficiais do direito consagrado”.





“O juiz está em contato cotidiano com a vida jurídica nas suas manifestações mais especiais, mais excepcionais; a sua preocupação essencial, diretamente oposta à do legislador, é, por assim dizer, individualizar o direito procurando combinar as suas linhas gerais com os traços característicos de cada um dos casos particulares de que sucessivamente se ocupa.

Vê em suma a lei através da espécie e o seu espírito, por um movimento natural, vai da questão de fato à questão de direito, do complexo ao simples, do concreto ao abstrato”.






CRUET, Jean. A Vida do Direito e A Inutilidade das Leis. Sem indicação de tradutor. Lisboa: Antiga Casa Bertrand-José Bastos & Cia. – Livraria editora, 1908.
Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bd000061.pdf

Sobre o autor:
http://www.diariodeumjuiz.com/?p=968

3 comentários:

L.Reis disse...

Nem imaginas o quanto estas palavras fazem, para mim, sentido...

denise bottmann disse...

prezado james, sempre encontro aqui um mosaico maravilhoso de coisas para pensar.

abç
denise

conduarte disse...

James, como é bonito o seu blog, e premiadíssimo, palavras para se pensar, refletir. Muito bem escrito, parabéns! Você nunca mais foi lá me ler?? Preciso de um professor como vc, para me orientar com algumas palavras. Super beijo, CON DUARTE