quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ANDRÉ BRETON



André Breton
Em
Manifesto Surrealista







“Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares.

Só o que me exalta ainda é a única palavra, liberdade.
Eu a considero apropriada para manter, indefinidamente, o velho fanatismo humano.
Atende, sem dúvida, à minha única aspiração legítima.
Entre tantos infortúnios por nós herdados, deve-se admitir que a maior liberdade de espírito nos foi concedida.
Devemos cuidar de não fazer mau uso dela.
Reduzir a imaginação à servidão, fosse mesmo o caso de ganhar o que vulgarmente se chama felicidade, é rejeitar o que haja, no fundo de si, de suprema justiça.
Só a imaginação me dá contas do que pode ser, e é bastante para suspender por um instante a interdição terrível; é bastante também para que eu me entregue a ela, sem receio de me enganar (como se fosse possível enganar-me mais ainda)”.



“Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio-pau a bandeira da imaginação”.


“SURREALISMO, s.m. Automatismo psíquico puro pelo qual se propõe exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento. Ditado do pensamento, na ausência de todo controle exercido pela razão, fora de toda preocupação estética ou moral”.







BRETON, André. Manifesto Surrealista. Sem indicação de tradutor. Transcrição: Alexandre Linares. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ma000015.pdf

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Breton

Um comentário:

Leila disse...

"a imaginacao, o nosso ultimo santuario."
by Pascal Mercier