terça-feira, 5 de agosto de 2008

WILLIAM JAMES



William James
Em
Pragmatimo







“A história da filosofia é, em grande parte, a de uma certa colisão de temperamentos humanos.

Indigno que possa parecer a alguns de meus colegas um tal tratamento, terei de levar em conta esses choques e explicar por seu intermédio grande parte das divergências filosóficas.

Qualquer que seja o temperamento de um filósofo profissional, trata, quando filosofando, de encobrir o fato de seu temperamento.

O temperamento não é razão convencionalmente admitida, com o que lança mão das razões impessoais somente para as conclusões.

Seu temperamento, contudo, confere-lhe uma distorção mais forte do que qualquer de suas premissas mais estritamente objetivas.

Sobrecarrega-lhe a evidência desse modo ou de outro, estabelecendo uma visão mais sentimental ou mais realística do universo, justo como esse fato ou aquele princípio o fariam.

Confia em seu temperamento.

Necessitando de um universo que se lhe adapte, acredita em qualquer representação de universo que se lhe adapta.

Sente que os homens de temperamento oposto estão fora de sintonia com o caráter do mundo, e em seu íntimo considera-os
incompetentes e “por fora” do negócio filosófico, embora mesmo possam excedê-lo a perder de vista em matéria de habilidade dialética”.






JAMES, William. Pragmatismo. Tradução de Jorge Caetano da Silva. São Paulo: Editora Martin Claret, 2005.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_James

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