sexta-feira, 8 de agosto de 2008

PARMÊNIDES de ELÉIA



Parmênides de Eléia



Fragmentos


“– A deusa acolheu-me afável, tomou-me a direita em sua mão e dirigiu-me a palavra nestes termos: Oh! Jovem, a ti, acompanhado por aurigas imortais, a ti, conduzido por estes cavalos à nossa morada, eu saúdo.

Não foi um mau destino que te colocou sobre este caminho (longe das sendas mortais), mas a justiça e o direito.

Pois deves saber tudo, tanto o coração inabalável da verdade bem redonda, como as opiniões dos mortais, em que não há certeza.

Contudo, também isto aprenderás:
como a diversidade das aparências deve revelar uma presença que merece ser recebida, penetrando tudo totalmente”.



“– E agora vou falar; e tu, escuta as minhas palavras e guarda-as bem, pois vou dizer-te dos únicos caminhos de investigação concebíveis.
O primeiro (diz) que (o ser) é e que o não-ser não é; este é o caminho da convicção, pois conduz à verdade.
O segundo, que não é, é, e que não-ser é necessário; esta via, digo-te, é imperscrutável; pois não podes conhecer aquilo que não é – isto é impossível – nem expressa-lo em palavra”.


“– Pois pensar e ser é o mesmo”.






SANSON, Victorino Félix. Textos de Filosofia. Edição provisória para uso interno. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 1974.

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parm%C3%AAnides_de_El%C3%A9ia

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