quarta-feira, 6 de agosto de 2008

JOÃO DA BAIANA



CABIDE DE MULAMBO
(João da Baiana)
(samba – 1932)







Meu Deus, eu ando com o sapato furado,
Tenho a mania de andar engravatado,
A minha cama é um pedaço de esteira,
E uma lata velha que me serve de cadeira.


Minha camisa foi encontrada na praia,
A gravata foi achada na Ilha da Sapucaia,
Meu terno branco parece casca de alho,
Foi a deixa de cadáver, num acidente no trabalho.


(coro – estribilho)
Meu Deus, eu ando com o sapato furado,
Tenho a mania de andar engravatado,
A minha cama é um pedaço de esteira,
E uma lata velha que me serve de cadeira.


O meu chapéu foi de um pobre surdo e mudo,
As botina, foi de um velho, da "Revorta" de Canudo,
Quando eu saio a passeio, as damas ficam falando,
"Trabalhei tanto na vida, pro malandro tá gozando !"

(coro – estribilho)

A refeição é que é interessante,
Na tendinha do Tinoco, no pedir eu sou constante,
O Português, meu amigo sem orgulho,
Me sacode um caldo grosso, carregado no entulho.

(coro – estribilho)





Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_da_Baiana

Ver também:
http://www.dicionariocravoalbin.com.br/verbete.asp?nome=Jo%E3o+da+Bahiana&tabela=T_FORM_A

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