quarta-feira, 27 de agosto de 2008
BACHELARD (3)
Gaston Bachelard
Em
“Rationalisme”
“Acreditava-se que a ciência era real por seus objetos e hipotética pelas ligações estabelecidas entre os objetos.
Ante a mínima contradição, ante a mínima dificuldade experimental, abandonavam-se essas hipóteses de ligação que se rotulavam de convencionais, como se uma convenção científica tivesse outro meio de ser objetiva além do caráter racional!”
“Agora os objetos é que são representados por metáforas; é sua organização que representa o papel de realidade.
Em outras palavras, o hipotético agora é o nosso fenômeno; porque nosso contato imediato com o real só vale como dado confuso, provisório, convencional e esse contato fenomenológico exige inventário e classificação.
Por outro lado, a reflexão é que dará novo sentido ao fenômeno inicial, ao sugerir uma seqüência orgânica de pesquisas, uma perspectiva racional de experiências.
A priori, não podemos ter qualquer confiança na instrução que o dado imediato pretende nos fornecer.
Nem é juiz, nem testemunha; é um acusado, réu que cedo ou tarde se convence de mentira.
O conhecimento científico é sempre a reforma de uma ilusão”.
BACHELARD, Gaston. Epistemologia. Trechos escolhidos por Dominique Lecourt. Tradução de Nathanael C. Carneiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaston_Bachelard
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