sexta-feira, 27 de junho de 2008

CRUZ E SOUSA (3)



Cruz e Sousa
Em
O Livro Derradeiro





AMOR



Nas largas mutações perpétuas do universo
O amor é sempre o vinho enérgico, irritante...
Um lago de luar nervoso e palpitante...
Um sol dentro de tudo altivamente imerso.

Não há para o amor ridículos preâmbulos,
Nem mesmo as convenções mais superiores;
E vamos pela vida assim como noctâmbulos
à fresca exaltação salúbrica das flores...

E somos uns completos, célebres artistas
Na obra racional do amor – na heroicidade,
Com essa intrepidez dos sábios transformistas.

Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade,
A cor, os tons, a luz que a natureza exige!





Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000075.pdf

Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_e_Sousa

Um comentário:

Anna Flávia disse...

tanto tempo sem vir aqui, preciso colocar-me em dia com a poesia.