segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
ARISTÓTELES (4)
ARISTÓTELES
Em
Arte Retórica.
“A maior parte dos desejos vão acompanhados de algum prazer; quer nos recordemos de tê-los experimentado, quer esperemos vir a experimentá-los, gozamos uma espécie de prazer.
Assim os que têm febre e são atormentados pela sede sentem prazer, tanto em se lembrarem que beberam, como em pensar que hão de beber.
E os apaixonados, quer falem, quer escrevam em prosa ou em verso sobre a pessoa amada, não deixam de tirar daí alguma satisfação; em todas estas circunstâncias, a memória lhes faz crer que se encontram na presença dela.
Mais do que isso, é sinal de começo de amor para com uma pessoa, quando não só se sente prazer em sua presença, mas mesmo, quando ausente, ela está presente à lembrança.
Por isso, se nos afligimos por não a termos a nosso lado, sentimos certa complacência nessa aflição e lamentações.
A tristeza de não a ter à nossa disposição associa-se o prazer de nos lembrarmos dela; de a ver de algum modo, de recordar seus atos e qualidades”.
ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética. Tradução de Antônio Pinto de Carvalho. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969.
Sobre o autor:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
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