quarta-feira, 22 de abril de 2009

AGOSTINHO DE HIPONA



Agostinho de Hipona
Em
Confissões (Livro VII).






A trajetória dum erro.

Não há saúde naqueles a quem desagrada alguma parte da vossa criação, como em mim também não a havia, quando me não agradavam muitas coisas que criastes.
Porque a minha alma não ousava desgostar-se do meu Deus, recusava olhar como obra vossa tudo o que lhe não agradava.
Por isso, lançara-se na “teoria das duas substâncias”, mas não encontrava descanso, e apenas expressava opiniões alheias.

Desembaraçando-se destes erros, a minha alma tinha imaginado, para si, um Deus que se difundia por toda parte através do espaço infinito.
Julgando que éreis Vós, colocara esse Deus no seu coração, e de novo ela se transformou num templo abominável do seu ídolo.
Todavia, depois que afagaste, sem eu o saber, a minha cabeça e fechaste “meus olhos para que não vissem a vaidade”, desprendi-me um pouco de mim mesmo, e a minha loucura adormeceu profundamente...
Despertei em vossos braços, e vi que éreis infinito, mas não daquele modo.
Esta visão não provinha da carne”.







SANTO AGOSTINHO. Confissões e De Magistro (Do Mestre). Tradução de J. Oliveira Santos, S. J., e A. Ambrósio de Pina, S. J. (Confissões), e de Ângelo Ricci (Do Mestre). São Paulo: Editora Abril, 1973. (Os Pensadores).

Sobre Agostinho de Hipona clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona

Um comentário:

Carol Rocha disse...

Tenho trabalhado tanto que estou sem tempo até para "reflexões". rs

beijo!!