quarta-feira, 1 de abril de 2009

EDMUND HUSSERL



Edmund Husserl
Em
Investigações Filosóficas Sexta Investigação.







“Todo pensar, e sobretudo todo pensar e conhecer teóricos, perfaz-se em certos “atos” que surgem em conexão com a fala em que se exprimem.
Nesses atos está a fonte das unidades de validade, que estão perante aquele que pensa, como objetos do pensamento e do conhecimento, como suas leis e princípios explicativos, ou como teorias e ciências que lhes dizem respeito.
Portanto, é também nesses atos que está a fonte das respectivas idéias gerais e puras, cujas conexões regidas por leis ideais a lógica pura quer explicitar, e cuja elucidação a crítica do conhecimento pretende levar a cabo”.





“Tenho aqui em mente certos casos muito comuns de nomearmos os atos que então vivemos e, por esse meio, enunciamos que os vivemos.
Nesse sentido, exprimo um desejo pela forma desejo que..., uma pergunta pela forma pergunto se..., um juízo pela forma julgo que..., etc.
É óbvio que, assim como podemos fazer juízos a respeito das coisas exteriores, podemos fazê-lo também a respeito das nossas próprias vivências interiores e, nesse momento, as significações das respectivas proposições residem nos juízos sobre essas vivências, e não nas próprias vivências, desejos, perguntas, etc.
Da mesma maneira, as significações dos enunciados sobre as coisas exteriores também não residem nessas últimas (casas, cavalos, etc.), mas nos juízos que fazemos interiormente sobre eles ou nas representações que ajudam a construir esses juízos”.







HUSSERL, Edmund. Investigações Filosóficas Sexta Investigação. Seleção e tradução de Zeliko Loparié e Andréa Maria Altino de Campos Loparié. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (os Pensadores).

Sobre Husserl clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edmund_Husserl

2 comentários:

Luma Rosa disse...

Lógico que conhecemos o pensar somente através de outros atos! Não temos bola de cristal! E mesmo assim, os filósofos que escrevem ou falam, nem sempre exprimem a contento o que pensam. Deveriam pensar mais? Não, quem sabe exercitar mais a escrita ou a locução, já que a sua maioria se fecham em pensamentos. Assim nada ajudarão na mudança do pensamento. Um ato leva à outro!! Beijus

conduarte disse...

Nossa, muito louco tudo isso.
Pensar... Pensar.
Valeu pela sua maravilhosa passagem em meu blog. Obrigada adoro Fernando Pessoa. Quem não gosta?
Beijos meus! CON