quinta-feira, 23 de abril de 2009

LA BRUYÈRE (11)



La Bruyère
Em
Alguns Costumes.




31
“Houve jovens que tinham virtude, saúde, fervor e uma bela vocação, mas que não eram bastante ricas para fazer, num rico convento, o voto de pobreza”.


33
“Chama-se loucura casar por amor com Melita que é jovem, bonita, ajuizada, econômica, que agrada, que ama, preferindo-a a Egina, que é proposta pela família e que, trazendo um belo dote, traz também magníficas disposições para consumi-lo e para consumir ainda toda a tua fortuna juntamente com seu dote”.


54
“Quantos homens que são fortes contra os fracos, inflexíveis diante das solicitações do povo simples, duros com os pequenos, rígidos e severos nas minúcias, que recusam pequenas dádivas e não ouvem nem amigos nem parentes e que somente as mulheres podem corromper!”


65
“Há muito tempo que falamos mal dos médicos e que deles nos servimos; o teatro e a sátira não os prejudicam com as suas zombarias; dão seus dotes às filhas, colocam seus filhos nos parlamentos e na prelatura e os próprios críticos é que fornecem o dinheiro.
Aqueles que têm saúde adoecem; precisam de alguém cuja profissão lhes garanta que não vão morrer.
Enquanto os homens forem mortais e gostarem de viver, o médico será criticado, mas bem pago!”






LA BRUYÈRE, Jean De. Caracteres. Tradução de Antonio Geraldo da Silva. São Paulo: Escala, s/data.

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