sexta-feira, 30 de outubro de 2009

FRANCIS BACON (2)



Francis Bacon
Em
Novum Organum.





XII

“A lógica tal como é hoje usada mais vale para consolidar e perpetuar erros, fundados em noções vulgares, que para a indagação da verdade, de sorte que é mais danosa que útil”.


XXI

“O intelecto, deixado a si mesmo, na mente sóbria, paciente e grave, sobretudo se não está impedida pelas doutrinas recebidas, tenta algo na outra via, na verdadeira, mas com escasso proveito.
Porque o intelecto não regulado e sem apoio é irregular e de todo inábil para superar a obscuridade das coisas”.


XXX

“Mesmo que se reunissem, se combinassem e se conjugassem os engenhos de todos os tempos, não se lograria grande progresso nas ciências, através de antecipações, porque os erros radicais perpetrados na mente, na primeira disposição, não se curariam nem pela excelência das operações nem pelos remédios subseqüentes”.


XXXII

“A glória dos antigos, como a dos demais, permanece intata, pois não se estabelecem comparações entre engenhos e capacidades, mas de métodos.
Não nos colocamos no papel de juiz, mas de guia”.


XLI

“Os ídolos da tribo estão fundados na própria natureza humana, na própria tribo ou espécie humana.
É falsa a asserção de que os sentidos do homem são a medida das coisas.
Muito ao contrário, todas as percepções, tanto dos sentidos como da mente, guardam analogia com a natureza humana e não com o universo.
O intelecto humano é semelhante a um espelho que reflete desigualmente os raios das coisas e, dessa forma, as distorce e corrompe”.










BACON, Francis. Novum Organum – Nova Atlântida. Tradução e notas de José Aluysio de Andrade. 1ª. Ed. São Paulo: Abril Cultural: 1973.

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