quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MERLEAU-PONTY (2)

Maurice Merleau-Ponty
Em
O Visível e o Invisível.





“Vemos as coisas mesmas, o mundo é aquilo que vemos – fórmulas desse gênero exprimem uma fé comum ao homem natural e ao filósofo desde que abre os olhos, remetem para uma camada profunda de “opiniões” mudas, implícitas em nossa vida.

Mas essa fé tem isto de estranho: se procurarmos articulá-la numa tese ou num enunciado, se perguntarmos o que é este nós, o que é este ver e o que é esta coisa ou este mundo, penetramos num labirinto de dificuldades e contradições”.




“A Filosofia não é ciência, porque a ciência acredita poder sobrevoar seu objeto, tendo por adquirida a correlação do saber e do ser, ao passo que a Filosofia é o conjunto das questões onde aquele que questiona é, ele próprio, posto em causa pela questão.

Uma Física, porém, que aprendeu a situar fisicamente o físico, uma Psicologia que aprendeu a situar o psicólogo no mundo sócio-histórico perderam a ilusão do sobrevôo absoluto; elas não apenas toleram mas impõem, antes de toda ciência, o exame radical de nossa pertencença ao mundo”.






MERLEAU-PONTY, Maurice. O Visível e o Invisível. Tradução: José Artur Gianotti e Armando Mora d’Oliveira. 3ª. Ed. São Paulo: Perspectiva, 1992.

Sobre Merleau-Ponty clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Merleau-Ponty

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