sexta-feira, 9 de outubro de 2009
JEAN BAUDRILLARD (5)
Jean Baudrillard
Em
À sombra das maiorias silenciosas.
“Bombardeadas de estímulos, de mensagens e de testes, as massas não são mais do que um jazigo opaco, cego, como os amontoados de gases estelares que só são conhecidos através da análise do seu espectro luminoso – espectro de radiações equivalente às estatísticas e às sondagens.
Mais exatamente: não é mais possível se tratar de expressão ou de representação, mas somente de simulação de um social para sempre inexprimível e inexprimido.
Esse é o sentido do seu silêncio.
Mas esse silêncio é paradoxal – não é um silêncio que fala, é um silêncio que proíbe que se fale em seu nome.
E, nesse sentido, longe de ser uma forma de alienação, é uma arma absoluta.
Ninguém pode dizer que representa a maioria silenciosa, e esta é sua vingança.
As massas não são mais uma instância à qual se possa referir como outrora se referia à classe ou ao povo”.
BAUDRILLARD, Jean. À sombra das maiorias silenciosas. Tradução: Suely Bastos. São Paulo: Brasiliense, 1985.
Sobre Jean Baudrillard clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Baudrillard
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Um comentário:
irresistível vontade de ler Baudrillard. de uma profundida que chega a doer.
volto sempre.
abraços
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