sábado, 19 de fevereiro de 2011

CLAUSEWITZ (5)



Clausewitz
Em
Capacidade Militar de um Exército




“A capacidade militar de um exército diferencia-se da simples bravura e, ainda mais, do entusiasmo pela guerra.

A primeira, evidentemente, é uma parte imprescindível da sua composição; mas, da mesma forma que a bravura é dom natural em alguns homens, pode aparecer um soldado que faça parte de um exército graças ao hábito e ao costume, então, para ele, deverá haver uma diferente direção da que se tem com os outros.

Ele precisa perder aquele impulso para a atividade sem limite e para o exercício da força, que é a sua característica como indivíduo, e precisa aceitar determinações mais elevadas, como obediência, ordem, regra e método.

O entusiasmo pela profissão vida e maior energia à capacidade militar de um exército, mas não compõe obrigatoriamente uma parte dele”.





“Um exército está impregnado com o verdadeiro espírito militar, quando mantém a sua formação habitual, mesmo castigado pelo fogo mais forte; nunca é perturbado por medos imaginários e, diante de um perigo verdadeiro, disputa o terreno, palmo a palmo, mesmo orgulhoso com a obtenção das suas vitórias, ou sob os depressivos efeitos da derrota, nunca perde o sentido da obediência, o seu respeito e sua confiança nos chefes, mantêm todo o seu poder físico imune, graças ao exercício, às privações e ao cansaço, como os músculos de um atleta; considera sua árdua tarefa como o meio para chegar à vitória e não como uma maldição que ronda a sua bandeira; e quando sempre é lembrado de seus deveres e virtudes por sua crença inabalável numa idéia – a honra da sua arma”.







CLAUSEWITZ, Carl von. Da Guerra: a arte da estratégia. Tradução de Pilar Satierra. São Paulo: Tahyu, 2005.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_von_Clausewitz

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