quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SIDNEY MINTZ (2)



Sidney Mintz
Em
Produção tropical e consumo de massa: um comentário histórico.






“Minha intenção neste trabalho é ligar a história das plantações tropicais, criadas para produzir bens para os mercados consumidores europeus, com a gradual, mas rápida, emergência de massas de novos consumidores nos centros europeus”.




“A plantação era uma solução para problemas de produção em larga escala e um fator importante na mudança cultural, em razão daquilo que tornava acessível a novos consumidores que viviam e trabalhavam longe da área de produção em plantação”.




“Na Grã-Bretanha, um produto tal como o açúcar, que havia sido uma raridade custosa no século XIII e um luxo caro no século XVII, tornou-se uma coisa banal, de consumo diário no século XVIII.

Junto com o chá e o fumo, o açúcar foi a primeira substância prometida, em troca de sua produtividade crescente, aos pobres que trabalhavam de modo que se poderia afirmar que a sociedade tinha cumprido sua promessa.

A classe trabalhadora britânica tomaria chá “como um rei”, comeria açúcar “como um rei” e fumaria tabaco “como um rei”, se esses fossem os luxos e elementos de conforto que ela aceitasse”.




“A inclinação para ver a produção e o consumo como esferas separadas, quando examinamos as relações entre metrópoles e colônias, pode ter levado a manter na sombra alguns traços da evolução da economia mundial.

É preciso observar como os produtos são utilizados, como são definidos culturalmente, bem como atentar para unidades constituídas de produtores e consumidores que esses produtos podem personificar ou simbolizar”.







MINTZ, Sidney W. O Poder amargo do açúcar. Organização e tradução Christine Rufino Dabat. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2003.

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http://sidneymintz.net/

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