segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
PAUL VEYNE
Paul Veyne
Em
O Inventário das diferenças.
“Todo historiador é implicitamente um filósofo, já que decide o que reterá como antropologicamente interessante.
Ele deve decidir se atribuirá importância aos selos postais através da História, ou às classes sociais, às nações, aos sexos e suas relações políticas, materiais e imaginárias (no sentido da imago dos psicanalistas)”.
“Uma cultura está bem morta quando a defendem em vez de inventá-la”.
“A exigência de constantes é simplesmente a exigência de uma teoria que forneça à História seus conceitos e seus instrumentos de explicação.
O marxismo pensa ser esta teoria; pouco importa aqui que sua pretensão não seja muito fundada; seu encanto junto aos historiadores não deixa de ser um feliz sintoma, a indicar que a narração, a compreensão, o impressionismo, o gosto de fazer as coisas parecerem vivas, não basta para satisfazê-los; há também neles uma necessidade de inteligibilidade científica”.
“Se a História impõe-se a tarefa de conceituar, a fim de delimitar a originalidade das coisas, então, meus caros colegas, um duplo desespero se apodera de mim: tudo, ou quase tudo, está ainda por ser feito; a História romana está para ser escrita, e vocês não devem contar comigo para isso”.
“O real está envolto numa zona indefinida de compossíveis não-realizados; a verdade não é o mais elevado dos valores do conhecimento”.
VEYNE, Paul. O Inventário das diferenças. Tradução de Sônia Saizstein. São Paulo: Brasiliense, 1976.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Marie_Veyne
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