quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SCHOPENHAUER (10)



Arthur Schopenhauer
Em
O mundo como vontade e representação.




“O conhecimento, via de regra, sempre permanece a serviço da Vontade, tendo de fato surgido para seu serviço.

Ele, por assim dizer, brotou da Vontade como a cabeça do tronco.

Nos animais esse servilismo cognitivo nunca se suprime.

Entre os homens essa supressão entra em cena apenas como exceção (o que logo adiante vamos considerar0.

Semelhante diferença entre o homem e o animal é exteriormente expressa pela diferença da relação entre a cabeça e o tronco.

Entre os animais de espécies abaixo do homem, a cabeça e o tronco ainda são completamente indiferenciados: em todos a cabeça está direcionada para a terra, onde se encontram os objetos da Vontade.

Mesmo entre os animais de espécie mais elevada a cabeça e o tronco ainda são bem mais unificados do que no homem, cujo crânio parece encaixado livre sobre o corpo, sendo apenas carregado por este, sem o servir.

Esse mérito humano é exposto em grau máximo no Apolo de Belvedere.

O crânio do deus das musas, a mirar além no horizonte, encontra-se tão livre sobre os ombros que parece completamente destacado do corpo, não se submetendo aos seus cuidados”.











SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. 1º Tomo. Tradução, apresentação e notas de Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=tVTHZt0guKIC&printsec=frontcover&dq=O+mundo+como+vontade&cd=1#v=onepage&q&f=false

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