quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ERASMO DE ROTERDAM (5)



Erasmo de Roterdam
Em
De Pueris (Dos Meninos).







“Ninguém pode dar nem a outrem nem a si mesmo determinado tipo de índole, embora, aqui, o cuidado dispensado pelos pais têm seu peso.


Primeiramente, portanto, importa que o homem saiba escolher uma esposa honesta, nascida de gente educada em princípios sólidos, em gozo de saúde íntegra.

Dada a afinidade muito estreita entre corpo e alma, vai acontecer que uma dessas partes ou ajuda ou prejudica a outra.


Em segundo lugar, o marido, ao se relacionar sexualmente com a esposa, não proceda de modo fogoso.

Tais disposições transitam para o feto por uma arcana via de contágio.

Aliás, certo filósofo parece ter detectado tal fenômeno.

Ao deparar-se com um jovem de comportamento nada sóbrio, comentou: “Não admira se o pai dele o tenha gerado em estado de embriaguez”.


Eis porque a mim me parece de todo acertado propor que o pai e a mãe sempre, mas, em particular, na época de concepção e da gestação, tenham a consciência livre de qualquer culpa grave e que se sintam plenamente cônscios de si mesmos.

Coisa alguma comporta maior tranqüilidade e alegria que semelhante clima de espiritualidade.

Desde então devem principiar o atendimento educacional e não ficar esperando pelo décimo, ou como muitos fazem, o décimo sétimo ano de vida.


O terceiro cuidado consiste em a mãe amamentar o filho com seu próprio seio”.







ERASMO. De Pueris (Dos Meninos), A Civilidade Pueril. Tradução, introdução e notas de Luiz Feracine. São Paulo: Escala, s/data.

Sobre Erasmo de Roterdam clique no linque abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Roterd%C3%A3o

Um comentário:

barbara_emanuel disse...

papaizinho, sabia que eu já fui de Erasmo de Roterdam a uma festa à fantasia? : )

beijinho!